Quem não se sentiu abatido de corpo e alma, em algum dia da vida?
Certeza absoluta que todos nós sentimos, e até mais que um dia, dois, três.
Sabemos que quanto mais nos conscientizamos de nossa condição original, e do que viemos fazer aqui no mundo, mais é preciso que nos policiemos, quanto aos nossos humores.
Refletindo sobre essas oscilações que sofremos, resolvi aprofundar, caminhei por muitas ideias, muitos esclarecimentos alcancei, refleti sobre as pessoas em volta.
E por incrível que pareça, quase que entrei no estado de desânimo, percebi que o desânimo é como uma fumaça invisível, entra no nosso ser de modo sutil e sorrateiro.
Fui ainda mais adiante para saber o que é que ativa esse estado, e foi interessante encontrar diversas versões para esse início, esse despencar de repente.
Também nessas constatações o desânimo surge, como um fantasma, um pouco mais potente, por que as percepções trazem certa tristeza ao nos depararmos com os motivos.
Por incrível que pareça, o desânimo não é autônomo, ele gerado e alimentado pela pessoa desanimada.
Então saber o que é que causa essa geração se tornou o mais importante nessa reflexão, e as razões são deveras desconcertantes, pois jamais imagina-se que esses fatos pudessem levar uma pessoa ao desânimo.
Lembrando que entendo que um estado de desânimo seja uma entrega espiritual, emocional e mental que uma pessoa permite acontecer. Não leva nenhum julgamento no permitir-se a entrega ao nada, mas ao contrário, dá-me vontade profunda de descobrir um antídoto.
Encontrei alguns padrões de comportamento e de emoções em mim, que podem me levar a gerar um estado de desânimo e mantê-lo com emissões energéticas de tristeza e desconsolo.
Também encontrei padrões em pessoas que conheço, e também entendi que os motivos são sempre os mesmos.
Uma ideia para quem quiser investigar também, é o desagrado, quando a pessoa é desagradada, fica triste e inicia o processo de geração do desânimo.
Como seria?
Por exemplo:
Estou esperando que uma pessoa aja dentro do padrão que delineei para ela, fico no aguardo para fazer minha parte como apoiadora, professora, mentora, amiga, etc., seja o que for que eu pense que sou.
Mas a pessoa age de modo diferente do que eu queria.
Pronto, está aí a hora H, que se eu não bater o pé com muita força, vou entrar pela via do desagrado e gerar o estado de desânimo.
Porque fui contrariada.
Lamentável, lamentável, que minha condição de ser consciente seja tão tacanha e tão vulnerável.
Por Fátima Leite
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