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Foto do escritorJornada de Conhecimento

A SINTONIA INTEGRAL NOS PROPORCIONA ABRIGO DIVINO

Será?


Quando pensamos em um abrigo divino, o que vem à nossa mente?

Talvez uma caverna profunda, escura, com uma fogueira queimando um fogo amarelo forte, e nós deitados sobre a palha, com um graveto no canto da boca, sem nenhuma preocupação.


Ou talvez o abrigo divino, se retrate em nossa mente como uma casa de vidro de dois andares, e no andar de cima um quarto com uma cama king sise, um enxoval egípcio de mil fios, bordado com fios de ouro, ao pé da cama, tapete alto de lá de carneiro, e nós deitados, enterrados na meia dúzia de enormes e perfumados travesseiros, só as vezes levantando a cabeça para conferir pela vidraça que lá fora há um jardim nunca visto antes, somente o silencio envolve tudo em paz.


Não sei, talvez em vez de um abrigo divino, essas referências estejam mais voltadas para uma fuga, pois tudo é bom, tudo é paz, tudo é tranquilo, mas nós não desfrutamos, não movimentamos, não contemplamos, estamos bastados na inércia, não fazendo nada, só ficando deixando tudo como está.


Ou quem sabe, não considerar que o abrigo divino seja assim somente de doçuras revele um medo oculto guardado, que não permite que me sinta merecedor.


Muitas são as reflexões que surgem com a simples possibilidade de estarmos abrigados divinamente.


Vamos tentar novamente, não saberia dizer o que vem a ser o abrigo divino, por isso convém que antes de tudo eu me conecte ao divino, sintonize para poder depois desfrutar.


E como é que faz essa conexão?


Já se sabe que é preciso conexão, para uma sintonização tão especial em uma frequência tal que desconhecemos, precisamos começar com a desilusão imediatamente.


Desiludir é acolher a realidade como ela é, observar os prós e os contras e não fugir mais, manter a consciência firme, mesmo que as vezes canse um pouco, mesmo que doa por algum tempo, mesmo que tudo exija esforço.


O primeiro passo para a conexão é o presente, a consciência reconhecendo que nada vai cair do céu, mas que o céu está em volta podendo ser o abrigo divino, no sorriso franco, na risada alta descompromissada, na falta que nos faz ver a abastança, na fartura que possibilita o compartilhamento, nos poucos mas verdadeiros amigos de lado a lado, no velho, conhecido e aconchegante afeto.


Tudo isso é o abrigo divino.


Maria de Fáti̊ma






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