GRITAR, SILENCIO! É UM CONTRASSENSO

Quando estamos em estado de desequilíbrio emocional, e não reconhecemos essa condição, tendemos a exigir fora de nós o estabelecimento da harmonia perdida.

Buscamos culpados, responsabilizamos pessoas envolvidas em algo no qual também estamos envolvidos, julgamos baseados em boatos sem a devida verificação dos fatos, e por fim sentenciamos pessoas ou grupos, para sentirmos algum bem-estar.

Ficamos aparentemente bem por algum tempo, mas essa harmonia não dura muito porque há dentro de nós uma desordem que só aumenta e intensifica.

Precisamos parar para nos observar com seriedade, porque mesmo que não tenhamos reconhecido o estado interno emocional alterado, nosso físico ressentirá, e o ambiente externo bem como as pessoas darão sinais.

Precisamos fazer silêncio interior, para desenvolvermos uma conversa interna.

Rever os papeis que representamos e desintegrar tudo que não nos cause sensação agradável, e ficaremos saneado de grande parte desse conflito que nos faz alterar constantemente.

Não será possível simplesmente absorver uma ferramenta de pacificação intima e forçar dentro de nós, causando machucados, cortes, é preciso sim, que entendamos nosso momento e trabalhemos nele com amorosidade, aceitando que tudo que vivemos, tudo que fizemos teve um motivo e nossa reação foi à mais próxima da consciência que tínhamos desenvolvido até então.

Sair do automatismo da vida é necessário e o único caminho que resultará em recuperação verdadeira.

No mais, todas as ações serão paliativas, podendo ser traduzia por um comportamento igual à pessoa que precisa ou quer silêncio e grita aos outros por ele.

Por Fátima Leite