HÁ O CONTROLE, QUE EXERCERMOS, DISFARÇADO DE CUIDADO

Definitivamente não existe um jeito de a pessoa fazer o caminho de autoconhecimento seguindo apenas um lado, e deixado outros parados ou em movimento de repetições, crenças e comportamentos inadequados à caminhada.

Em algum momento da jornada terá que parar, e revisar questões, atualizar, desapegar, mudar definitivamente alguns controles que exerce sobre as outras pessoas, que não estão aparentes pois foram vestidos de cuidados.

De onde vem essa necessidade de ter as rédeas invisíveis sobre os demais?

Porque ao menor sinal de retirada de alguém faz o controlador criar um drama silencioso.

Aquele que desenvolveu a capacidade de dar a mão sem apegos e cobranças, terá satisfação em ver que alguém que esteve consigo, se liberta e segue passos seguros rumo ao próprio objetivo de vida.

Se estivermos nesse momento, que façamos essa revisão com consciência plena, e mesmo que ainda seja difícil soltar, devemos fazê-lo, com o risco de acontecer algo pior, e alguém puxar tão forte a corda que arranque nosso manto de pessoa boa e caridosa.

Haverá período de sofrimento por que mudar comportamento exige verter a nódoa, raspar a tatuagem, tudo isso leva tempo e desgastará nossa alma.

Por Fátima Leite