Na ilha de Okinawa, as pessoas encontraram a razão de suas vidas.
Escolhem as atividades de que mais gostam, e se dedicam diariamente.
Esse encontro se dá através da reflexão profunda, da meditação, da convivência com as pessoas, do cuidado com a natureza, da prática das artes, através, da música, do canto, da dança, dos artesanatos.
A convivência com os vizinhos, com os amigos, encontros para uma boa conversa, para os contos, para despertar a alegria, o riso, as trocas.
O cuidado com a alimentação, que é plantada e colhida no próprio quintal, ou jardim da casa, ou horta comunitária.
A razão de viver vem de alguns fatores a serem considerados, pois são relevantes, tais como:
1-Sair da faixa da grandeza e buscar apreciar o simples, como dizem começar com o pequeno. As necessidades de investimentos grandes para aquisição de bens, devem ser repensadas.
2-Rever e libertar-se das crenças, o que não tem mais importância para nossa vida, mas que costumamos carregar por ser hábito antigo. Sair inclusive da influência do meio e da moda.
3-Esse fator é valioso, pois nos remete à permanência, porque costumamos não amadurecer as atividades, não damos o tempo necessário para que aprendamos a reconhecer suas sustentabilidades. Uma boa maneira é nos perguntar diversas vezes se o projeto terá condições de se manter no longo prazo.
4-Vou traduzir por objetivo, quando desenvolver uma programação, levar em conta o contentamento que essa atividade proporcionará, se a realização permitirá que a alegria ande junto. Devemos diante da nova oportunidade, ter em mente um prazo para concluir, a alegria que manteremos ao longo, mesmo nos dias que acontecerem empecilhos, impedimentos ou bloqueios, porque há a certeza no coração.
5-O que vai dar sustentação, manutenção e energia para todos os outros itens e para toda a vida, que é a condução dos dias e das horas com consciência, com o olhar do dono, suas mãos, pés, mente e coração envolvidos. Viver o presente, o momento, conduzindo a jornada integralmente.
Acredito que está bem claro que Ikigai é autoconhecer, amar-se, amar o semelhante.
Por Fátima Leite
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