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MINHAS FACES





Todos somos dotados de muitas faces, diversas faces que representam nosso momento de vida.


Essas faces configuram como decidimos nos apresentar perante uma situação, um grupo de pessoas, uma pessoa ou uma de nossas atividades.


O certo é que essas faces são necessárias e até importantes, pois formam em torno de nós uma invisível esfera de proteção.


Quando apresentamos a face guerreira significa que nos sentimos em guerra naquele ambiente ou diante daquelas pessoas, nada melhor que um guerreiro para participar de uma guerra.


Em outro momento a face da maravilhosa é necessária ou decidimos por ela porque nos convém, e nos transformamos na pessoa que tudo resolve, tudo sabe, tudo assume, no mais das vezes essa face torna-se a mais presente até que nos sintamos extenuados porque o mundo gosta muito que uma maravilhosa esteja por perto, ninguém precisa fazer sua parte, a maravilhosa fará por todos.


Também temos a face bondosa, a professora, a rainha do lar, a profissional de sucesso, e a face pedinte.


A face pedinte guarda muitas nuances, desde o repetido vitimismo consentido, à carência afetiva que nunca se esgota por que é nutrida em exigência atrás de exigência, exteriores, à falta de sorte que não é combatida por nenhum modo dada ao estado de fraqueza geral, à falta de tudo que por mais os céus derramem nunca se vira a chave para a abastança por que existe uma constante destruição do que vem, até o mendicante que traduz em pobreza toda escassez temporária tornando assim sua vida um sacerdócio e mesmo que a vida lhe dê algo não é reconhecido.


Só existe um problema com essas muitas faces que usamos, é nos acostumarmos a elas e a assumirmos como sendo nós mesmos e nos distanciarmos de nossa essência.


Dá bastante trabalho formatar uma face que lidere todas as outras e acabe por tomar o lugar de nossa essência, mas é bastante conveniente ter esse trabalho.

Uma face nossa, assemelha-se à função do ator, quanto melhor representada a personagem que lhe cabe mais será convincente ao público, e o ator corre o risco de se perder na personagem e tentar vive-la em vez de voltar a sua própria essência humana.


Qual a face que estamos usando hoje?


Faz quanto tempo que a vestimos?


Não será que está na hora de revermos e tornar ao nosso ser?


Nossa essência é que experimenta a vida, tudo o mais é encenação e não contará ponto na nossa jornada, não estará no nosso boletim para o cálculo da média final.



Por Fátima Leite.







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