O ser humano é muito capaz e corajoso quando colocado em situação de risco.
Onde foi então que se perderam, essa ousadia da capacidade e a coragem característica?
Semelhante à uma cobaia que ao ousar leva um choque o ser humano foi desenvolvendo o medo e assim a coragem apequenou-se dentro de si.
As vezes e somente as vezes, a coragem surge, mas não se agiganta, fica no lusco fusco da vontade e do receio, pode arvorar-se em palavras pelos meios que lhes acolhem, mas não passa disso.
Se pensarmos que a coragem é uma virtude, e que o medo é uma fraqueza, talvez consigamos entender que fomos condicionados ao medo para evitar punição, mas que o medo não nos nutre como a coragem.
Se também pensarmos que a ousadia é virtude e que a acomodação é fraqueza, também podemos entender que esse condicionamento não nos fará evoluir.
E o objetivo de todo ser humano é evoluir, sair da condição limitada em que se encontra para uma condição ilimitada, mas para tanto precisa conhecer as regras, tanto as que lhe mantém preso, quanto às que lhe darão a liberdade.
Se tentar sair da zona do medo e ousar, sofrerá por um tempo determinado.
Se permanecer na zona de medo e não ousar nunca, sofrerá por tempo indeterminado.
Por Fátima Leite.
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