O certo está nas linhas tortas

Quantas e quantas vezes já ouvimos esse ditado?

E quantas vezes tivemos oportunidade de admitir que é verdade?

Pois é uma observação que devemos começar fazer, se ainda não notamos.

Porque tem se revelado constantemente para aqueles que estão na roda da vida, vivendo experiências extremas.

Quando digo para observarmos a partir de agora, não é pelo fato de que podemos apenas contatar que acontece, mas é para confirmarmos nossa própria transformação.

Em tempos passados quando algo se apresentava a nós pelo viés da discórdia, da tristeza, da dor, da perda, ficávamos perdidos, caíamos num processo de ostracismo difícil de reverter.

As vezes por um tempo muito longo sumíamos do ambiente para lambermos nossas feridas em alguma caverna interior do nosso ser.

Mas atualmente, conseguimos viver a experiência conscientes, assistindo as páginas sendo viradas pelo destino ou por alguma mão invisível.

E o que era raro tornou-se frequente, por que essa experiencia mostra-se como oportunidade para elevarmos um grau em nossa evolução.

Usar da decepção, do sofrimento imposto, da perda, da desvalia, como alavanca para dar um pulo é o que temos tido condições de fazer.

Por que estamos assim?

É o resultado de nossa vontade, de nossa aplicação no caminho do autoconhecimento.

Alcançar um estado de alma que o espinho não nos fira mais, porque aprendemos a prevenir seu corte enquanto deixamos que o perfume da flor nos envolvesse por inteiro.

Por Fátima Leite